Com alta de 547%, cuidador de idoso é a profissão que mais cresce no país
A profissão de cuidador de idosos vem ganhando cada vez mais espaço no mercado de trabalho brasileiro. De acordo com dados atualizados, nos últimos 10 anos, a profissão teve um crescimento de 547%, o que representa um aumento significativo na demanda por cuidadores especializados em atender às necessidades de pessoas com idade avançada.
Além disso, segundo a Associação Brasileira de Gerontologia (ABG), estima-se que 70% dos idosos brasileiros necessitem de cuidados especiais em algum momento de suas vidas. Isso significa que a demanda por cuidadores de idosos deve continuar a crescer nos próximos anos, especialmente com o aumento da expectativa de vida da população.
Esse crescimento se deve, em parte, ao envelhecimento da população brasileira, que tem gerado uma maior demanda por profissionais especializados em cuidar de idosos. Além disso, a busca por serviços de cuidados domiciliares tem se tornado cada vez mais comum, o que tem impulsionado a oferta de empregos para esses profissionais.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), entre 2011 e 2020, o número de profissionais registrados como cuidadores de idosos no Brasil multiplicou. Em 2011, eram registrados apenas 5.868 profissionais na categoria, enquanto em 2020 esse número subiu para 38.027. Esses dados mostram um aumento significativo na demanda por cuidadores de idosos no país nos últimos 10 anos.
Com a crescente demanda por cuidadores de idosos, muitas empresas têm investido na formação e qualificação desses profissionais. Cursos técnicos e de especialização na área de cuidados para esta parcela da população têm se tornado cada vez mais acessíveis e procurados, o que tem contribuído para o aprimoramento da qualidade dos serviços oferecidos, destaca Daniela Matos, coordenadora da Ammo Enfermagem, empresa especializada em serviços de cuidadores e de enfermagem.
No entanto, apesar do crescimento da profissão, ainda há muitos desafios a serem enfrentados. Daniela Matos explica que o mercado de trabalho para cuidadores de idosos ainda é bastante informal, e muitos trabalhadores atuam sem registro, o que pode impactar na remuneração e desestimular muitos profissionais a ingressar na área.