Apple, Amazon e Google realmente captam tudo o que falamos?

Você já teve a sensação de que falou algo e logo depois estava aparecendo aqueles pop ups de propagandas nas suas redes sociais com produtos relacionados? Por exemplo, após uma conversa sobre viagens com seu marido, na sequência surgem propagandas com diversos destinos até mesmo ao acessar sites de internet.

Então, de acordo com o The Guardian, empresas como a Apple, Amazon e Google escutam trechos do que seus assistentes de voz gravam, de acordo com as conversas dos usuários. A verdade é que de fato não sabemos muito bem quais politicas de privacidade essas empresas praticam sobre esses acessos.

O jornal afirma que funcionários terceirizados colhem trechos de áudios trocados com a Siri, Alexa e outros assistentes, para melhorar o reconhecimento do algoritmo da aplicação. Só pra isso mesmo?

É claro que as escutas ajudam a categorizar as respostas com simples informações, como: se a voz foi acidental ou realmente uma conversa, se a consulta que o usuário fez foi algo que a Siri poderia ajudar e se a resposta foi apropriada, ,é um dos usos que as empresas fazem.

As empresas citadas pelo The Guardian justificaram que “os dados são utilizados para entender, melhorar e reconhecer o que o usuário diz. Além disso, menos de 1% das ativações diárias é usada para essa classificação”.

Veja o que algumas dessas empresas dizem sobre essa coleta de dados:

Amazon – mantém uma equipe para analisar o que a assistente virtual Alexa ouve dos usuários.

Google – funcionários da empresa ouviam informações do assistente – vale ressaltar que o Google permite que os usuários desativem alguns usos das suas gravações.

Apple – afirma que pode usar dados captados para aprimorar o assistente de voz, mas não confirma que outras pessoas podem acessar essas gravações.

“Os novos assistentes virtuais chegaram para facilitar muito a rotina dos usuários. Ao alcance de um clique já é uma expressão ultrapassada, pois tudo pode ser feito com o comando de voz, desde acender ou apagar a luz, ligar a TV, marcar compromissos na agenda, até mesmo passar um cafezinho na cafeteria ligada ao dispositivo”, explica explica Diego Nogare, Chief Data Officer da Lambda3, empresa referência no setor tecnológico, com foco em soluções digitais.

A dica dos especialistas ainda é que o usuário fique atento às políticas de privacidade das empresas, quando se aceita e passa a utilizar esse tipo de serviço. “É importante que você esteja de acordo com as informações que serão repassadas, para que não tome um susto quando algo acontecer ou uma notícia, como está, ser divulgada”.

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