Camarote, estrutura, shows e relatos de insegurança no Festival de Verão 2023

Ontem (28/01) fui conferir de perto a edição 2023 do Festival de Verão Salvador e posso andiantar que a estrutura está impressionante, os palcos lindíssimos, o camarote com uma produção impecável, MAS temos alguns probleminhas que precisam ser pensados quando se trata de uma mega festa como essa e, principalmente quando acontece na estação mais quente do ano!

A chegada ao FV23, em comparação a edições pré-metrô, tornou-se um trajeto muito mais simples e barato, assim como o retorno para casa. Nesse último caso, eu mesmo fiz a experiência e nota 10 para a CCR Metrô Bahia por disponibilizar o serviço na madrugada do evento. Falando em mudanças desde as primeiras edições do FV, algumas não me agradaram muito e vou falar sobre elas em tópicos abaixo:

Camarote RefrescadASSA Tropical (Foto: Rafael dos Anjos)

Camarote RefrescadASSA Tropical – a estrutura estava lindíssima, mas muitos presentes reclamavam de não terem acesso a bebida, um open bar, mas isso não era segredo para quem prestou mais atenção na hora de comprar o ingresso. Contudo, confesso que achei oportunista a distribuição de alguns brindes, como os copos do Shopping da Bahia, mediante foto instagramável. O pagante está ali rendendo dividendos para uma festa patrocinada por diversas marcas e fazer “publi” com a imagem e redes do mesmo deveria ser algo opcional e o brinde apenas o que ele é, um brinde. O ambiente estava muito digno, mesas para lanchar, espaçoso e coberto. Entretando, para um ingresso que chegou a R$ 380, ter a vista lateral de ambos os palcos, Ponte e Cais, sendo que em apenas um você tem alguma visão parcial frontal, foi puxado!

Visaão lateral dos palcos pelo Camarote (Foto: Rafael dos Anjos)

Palco Cais e Ponte – A ideia de você não ficar feito barata tonta correndo o Parque de Exposições inteiro pra ver os shows eu achei massa, mas eles ficarem literalmente ao lado um do outro tirou muito o processo de interação com todo o ambiente e o que se propõe enquanto um FESTIVAL. Afinal, se os shows acontecem de forma alternada, em 2 palcos, caso fossem em pontos distintos, possibilitaria desfrutar melhor da estrutura do evento. Assim como de alguma forma prejudicaram a visão de quem pagou pelo camarote, forçou a barra do público da pista pra correrem até a área dos banheiros, por exemplo. E depois fazer outra maratona pra voltar, talvez, ao ponto privilegiado que estavam e ver mais uma das atrações. Mesmo o fato de serem palcos incríveis foi ofuscado exatamente por estarem ali lado a lado, “competindo”.

Caetano veste camisa escrito “GAL” em homenagem a cantora

Os Shows – durante a semana vão rolar por aqui no Postei as notas de repercussão dos shows. Meu ponto alto? A homenagem que Caetano, convidado por Gil, fez a Gal Gosta. Pois falando em “quem convida quem”, mais um conceito que parecia funcionar, mas em algumas apresentações ficou um ar de “incompleto”. Foi o caso de Ney Matogrosso, convidado por Criolo. Quando Ney subiu ao palco você sentia aquele gás, só que de repente acabou! Muita gente comentou sobre isso e também como os shows tinham um intervado muito rápido. Mais uma vez implica no público da pista que se resolvesse ir ao banheiro – novamente a logística – poderia perder, além do suado lugar privilegiado, metade de um dos shows. Novamente, a ideia toda de “enxugar a máquina” parece interessante, mas ainda não casou bem com a logistíca principal, a do público.

Segurança – um ponto tão importante quando a chegada e saída, ou seja, transporte e deslocamento, é a segurança. Eu fiquei a maioria do tempo na área do camarote, mas notei que não se via muitos policiais. Inclusive, quando fui embora senti falta de segurança circulando pelo Parque de Exposições. Me recordo apenas de uma pequena fila numa arquibancada logo no acesso ao Parque pela Av. Paralela. Uma situação que me chamou atenção foi durante o show de Margareth Menezes. Ela parou o show e pediu ajuda para alguém que passava mal na pista: “Faz 10 minutos que estão pedindo ajuda ali, por favor tem alguém passando mal”. Pela manhã, coincidentemente – algorítmos que leem até nossa mente – vejo o tweet abaixo:

Em seus stories, Nathalia Luna, fez um desabafo sobre o caso.
Questionei no Twitter se o caso aconteceu durante o show de Margareth.

E esse episódio não foi o único a ir parar nas redes sociais. O perfil As Melhores Coisas de Salvador, de Larissa D’Eça, denunciou que foi roubada durante o show de Carlinhos Brown:

“Eu estava na frente do palco do show de Brown. Foi na hora que ele puxou uma maldita roda. Eu estava justamente andando para o lado evitando-a”, explicou a um seguidor.

Algumas horas depois deste tweet, Larissa D’Eça, responsável pelo perfil, informou que já recuperou o acesso as demais contas.

Antes de encerrar, deixem-me explicar que muitas das impressões são minhas, porém outras são com base no que ouvi do público. Acontece que muita gente me via transitando pelo espaço, com crachá da imprensa, num primeiro olhar presumiam que eu fosse da produção do evento e, por consequência, faziam todo tipo de pergunta, elogios e reclamações. Aproveitei a situação e fui colhendo as informações que estão neste breve texto. Até mais…