#SetembroAmarelo💛Suicídio e a angústia da juventude

Muitos jovens aguardam ansiosos pela emancipação, pela fase adulta e muitas vezes nem eles e nem os pais estão prontos para este momento. Este, inclusive, é dos principais motivos de suicídios entre jovens, segundo o filósofo e pesquisador Fabiano de Abreu .

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que 800 mil pessoas cometem suicídio todos os anos no mundo inteiro, e esta tem sido a principal causa de morte de jovens entre 15 e 29 anos, mais do que o câncer, a AIDS e a malária, inclusive no Brasil.

“A juventude é o momento da prova, onde a necessidade de ter que ser adulto resulta em um forte desespero que o leva a silenciar suas insatisfações. Essa emancipação, esse experimento da solidão, cria uma falsa ideia de poder, de imortalidade, fator que os levam a experimentar coisas que podem levá-los a morte, como drogas, bebidas, e se colocar em riscos de vida. A juventude é um momento de transição hormonal, sexual, social que mexem com o emocional. É angustiante para o jovem esta fase, em que muitas das mudanças são sofridas em silêncio. Essa adaptação natural que a juventude exige, vem acompanhado da vergonha e da necessidade de aceitação que a vida adulta impõe. As responsabilidades e a exigência da maturidade os deixam apreensivos e muitos não conseguem lidar com tudo isso”, comenta o pesquisador.

Fabiano alerta que conhecer as motivações e os interesses do próprio filho são fatores fundamentais para uma passagem tranquila pela fase da adolescência para se tornar um jovem adulto capaz de enfrentar os desafios da vida. Para nós ele compartilhou algumas dicas para os dois lados e a melhor maneira de tentar lidar com este momento.

Aos pais

▶ Ouvir atentamente e ficar calmo.
▶ Entender os sentimentos dele (empatia).
▶ Dar mensagens não-verbais de aceitação e respeito.
▶ Expressar respeito pelas opiniões e valores dele.• Conversar honestamente e com autenticidade.• Mostrar sua preocupação, cuidado e afeição.
▶ Focar nos sentimentos dele sem pressionar.• Respeitar o seu espaço e suas ideias.
▶ Ficar chocado ou muito emocionado.
▶ Doar a ele tempo de qualidade, fazendo o que ele gosta, não o que você quer. Para isso é preciso conhecer o que ele gosta.
▶ Não trata-lo como se ele fosse inferior a você e não soubesse nada.• Não fazer comentários invasivos e pouco claros.
▶ Não fazer perguntas indiscretas. Uma abordagem calma, aberta, de aceitação e de não-julgamento é fundamental para facilitar a comunicação.

Aos filhos

”Afinal, a perfeição não existe, mesmo que muitos te cobrem isso. Tenha em mente que você não precisa ser perfeito, nem fazer o que os outros querem que você faça para ser aceito. Sempre existirá alguém que te aceitará como você é. Se esse alguém ainda não cruzou o seu caminho, pode ter certeza que ele existe, talvez você não esteja procurando no lugar certo. Por isso, busque ajuda profissional, tente se colocar em grupos de pessoas que se sintam como você”.

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