#SetembroAmarelo💛 “Preconceito deve ser resolvido de forma racional”

Você provavelmente sabe que estamos no #SetembroAmarelo. E, talvez, já tenha feito campanha nas suas redes sociais e se colocado à disposição de algum desconhecido para “escutá-lo”. Mas você também já pensou que nossos comportamentos no dia-dia podem influenciar positivamente e negativamente na vida e saúde mental de outras pessoas?

O preconceito, sob suas mais variadas formas – pela cor, etnia, opção religiosa e orientação sexual – podem ser cruciais para um cenário de depressão, umas das principais causas do suicídio no Brasil e no mundo.

Apesar de vivermos em um mundo globalizado e em cidades multiculturais, ainda convivemos todos os dias com a sombra do preconceito e da discriminação. Mas seria possível, não apenas individualmente, mas imaginar o fim do preconceito?

“O preconceito é sempre um assunto complexo, porque as opiniões são divergentes e oscilam. Contudo, sempre tento pensar de maneira cognitiva, baseado na lógica, nas estatísticas e na experiência, seja na minha própria ou de pessoas que conheci ao longo da vida, nos mais de 15 países em que estive. As diferenças sempre existiram. E tudo está relacionado com uma história, um passado, e o presente é reflexo disto. Na pré-história, as tribos duelavam entre si por diversos aspectos, e tem sido assim ao longo de toda a história, onde apesar de algumas se juntarem, sempre existiram as diferenças entre elas, e consequentemente o preconceito”, explica o filósofo, escritor e pesquisador Fabiano de Abreu.

Preconceito latente

É claro que não apenas eu, você ou o coleguinha do lado praticamos nossos preconceitos. Esse comportamento é algo latente dentro do ser humano e isso independe de sua origem, por exemplo.

“Em psicanálise diz-se que aquilo que está latente pode ser manifesto. Portanto, um preconceito latente (existente porém guardado) pode se manifestar e trazer aquilo à tona para o consciente das opiniões públicas.
As questões racial, religiosa, política e sexual são delicadas e é preciso ter cuidado ao se manifestar sobre elas. Como cada povo tem sua cultura, seus costumes, sua história ou aparência física, é natural que haja diferenças – e a diferença por si só causa estranheza, gera preconceito”.

O fato, segundo ele, é que o ser humano tem problema com o diferente, refletindo nos vários tipos de preconceito, partindo do grau de comparação, daquilo que é diferente do que você é ou do que você almeja ser.

O fim do preconceito está na força da razão

Sobre racionalidade e como isso influi diretamente no “fim do preconceito”, o filósofo acrescenta: “Sim, o preconceito está dentro de todo mundo. No entanto, nós somos humanos, animais racionais e, por determos o raciocínio, a razão, temos que procurar evoluir de acordo com as mudanças da sociedade. É importante sempre ter em mente que o preconceito é um mal que te impede de ver o bem em quem é diferente de você”,

Ele acredita que o preconceito deva ser resolvido de maneira racional e sem pressão. “O fim do preconceito deve acontecer como o caminho do rio que, de uma forma natural, vai desaguar no mar. Está é uma evolução natural através da força da razão”.

E você o que pensa ou faz para colaborar com o fim do preconceito?